segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ao contrário de boa parte das aranhas, que tecem suas casas com fios de seda em áreas altas, as caranguejeiras preferem construir seus refúgios em tocas debaixo de pedras ou junto ao tronco de árvores. "Elas podem cavar seus próprios buracos ou aproveitar os já existentes no solo", afirma o biólogo Antônio Domingos Brescovit, do Instituto Butantan, em São Paulo. Geralmente, as tocas são proporcionais ao tamanho do animal e não costumam ser muito profundas. Bicho de hábito noturno, a caranguejeira - nome popular dado a várias espécies de aranha de corpo grande e peludo - é encontrada em jardins, matas e moitas de capim. Em alguns países, ela é conhecida como tarântula. Uma particularidade dessas aranhas é o fato de elas possuírem apenas dois pares de fiandeiras (as estruturas usadas para tecer fios), enquanto a maioria das aranhas tem três pares. Elas costumam viver isoladas e alimentam-se de pequenos animais de sangue frio, como répteis e anfíbios, insetos e até mesmo aves de pequeno porte. Com as quelíceras, duas pequenas garras localizadas perto da cabeça, elas perfuram e injetam veneno em suas presas e em eventuais agressores. Todas são venenosas, embora as existentes no Brasil tenham veneno pouco ativo no homem. As caranguejeiras do gênero Atrax, encontradas na Austrália, estão entre as que podem matar uma pessoa.

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